O Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
abriu hoje (1º) o ano judiciário após período de recesso e férias dos
ministros. Na abertura da sessão, o presidente do tribunal, ministro Luís
Roberto Barroso, disse que a implantação do voto impresso nas urnas eletrônicas
poderia provocar a judicialização do resultado das eleições.
No discurso, além de fazer um balanço
das eleições municipais do ano passado, o presidente defendeu o processo
eleitoral brasileiro e disse que o país era marcado no passado por uma
"história de fraudes eleitorais”. No ano passado, o Supremo Tribunal
Federal (STF) considerou a implantação do voto impresso concomitante com a urna
eletrônica inconstitucional, mas o tema sempre volta à tona.
"É impossível defender a volta
ao voto em cédula, que é precisamente o voto que precisa ser contado
manualmente, gerando todas as potencialidades de fraudes que marcaram
negativamente a história brasileira e que foram superadas com a implantação, em
1996, do modelo de urnas eletrônicas que nós temos até hoje sem que, em nenhum
momento, se tenha documentado qualquer tipo de fraude”, afirmou.
Além disso, segundo o ministro, a
adoção do voto impresso pode criar a judicialização dos resultados das
eleições. “Tudo o que nós não precisamos é a judicialização também dos
resultados eleitorais”, disse.
Após o balanço das eleições, Barroso
informou que o TSE deve ampliar neste ano as campanhas por mais mulheres no
parlamento e atração de jovens e novas lideranças para a política.
Fonte: Agência Brasil
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